As tuas palavras
Provocam-me estremecimentos,
Ó meu poeta, de noites viúvas
E de auroras carregadas de madrigais.
Na tua boca,
Com hálito de jasmins,
Há o repicar festivo
Dos sinos da minha aldeia,
Frescura de rosas orvalhadas
E a serenidade dos lagos.
Boca de ressurreição,
Donde as palavras se soltam mansas
Como andorinhas dos beirais
Nela, eu descubro as minhas próprias palavras
Que, às minhas mãos,
morreram trucidadas,
Selvaticamente, num estertor de ais.
Clarice Silvestre
2 comentários:
Que bonito!
Estou te seguindo.
ok.Obrigada!!se quiser ver mais desta autorta va ao recanto das letras.
abraço
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