sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A fe é que nos Salva!!

Voz amiga, diz-me de longe:”escreve!”,lembra-me a obrigação de aqui debitar qualquer coisa para manter vivo este blog carinhosamente construído.
A “obrigação” é boa, é soft , não me desagrada; escrever é arte,que gostaria de ter apurado , trabalhado a longo da vida; Perdi-me, quiçá, em coisas de menor importância. Verdade seja dita que, a uma mulher com filhos e uma casa para governar e cuidar , para alem do emprego, dedicar-se, a mais qualquer coisa que não seja a simples leitura do livrinho permanente ,revistas e jornais que a mantêm actualizada, é praticamente impossível.
Bem entendido que não posso manter a empregada, que me dava um jeitão, como dá a qualquer mulher, mas de que prescindi, por manifesta necessidade de cortes radicais, no acessório.
Não quero falar da crise. Abomino ,já, esta palavra ,como abomino aqueles que, enquanto estiveram no governo, nada fizeram para a impedir e que vêm agora, dar opinião, invadir a minha casa e o meu sossego humilde, com conselhos “sábios” de como cortar na despesa, ou então, criticar abertamente o governo actual sem se lembrarem , que enquanto la estiveram, não abdicaram de todas as mordomias inerentes ao seu cargo e que se limitaram, apenas, a ser mais um lobo no meio da matilha. Salvam-se raríssimas e virtuosas excepções e, como sei que sabem, que eu sei quem são, nem me dou ao trabalho de me desculpar pelo aparente varrer impiedoso.
Ja o disse mais vezes, mas nunca é demais repetir: Não tenho partido politico. Mas, para mim, independentemente da cor, os casos gravíssimos e vergonhosos que todos conhecemos de corrupção, de roubo descarado, de gatunagem e mentira, não digo que deveriam ser julgados em praça pública por tal ser primário,quase medievo, mas que, deveria haver penas agravadas, isso devia! São pessoas em quem o povo português, todos nós acreditamos, senhores, pessoas que tiveram o nosso voto, porque juraram cumprir determinado programa e que à sorrelfa, se encheram, se aproveitaram da sua posição enquanto eram soberanamente pagos com os nossos impostos.
Logo, crise, crise é isto mesmo . É o dinheiro escassear cada vez mais, também, o desemprego, a crescer assustadoramente. Mas, a crise tem um fundamento muito mais grave. Assenta numa podridão sem fim, que vejo continuar, crescer e passar impune.

Depois, Novembro é um mês triste. Porque foi sucedâneo de um Outubro triste e tumultuoso e porque precede um Dezembro de pobreza maior.
E , não posso deixar de me lembrar de situações piores que a minha.
E não podendo fazer mais nada, resta-me encolher-me tristemente, e esperar que um milagre aconteça, por ser uma mulher de fé.
E, positiva , apesar de tudo.

Eulália