segunda-feira, 25 de abril de 2011

Rumo ao Sul

Como as andorinhas
Hei-de partir um dia,
Talvez, rumo ao Sul.
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Esse Sul, de paredes
Violentamente caiadas,
Onde a luz dói, o corpo arde
E a Eternidade é liquida e azul.
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Algures, à sombra doce das acácias
Ou sob a luz branca das estrelas,
Ainda hei-de ser feliz!!!
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Sem grilhetas ou mordaças;
Sequer a espora do desejo
A cravar-se, fundo, na carne.
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Livre!! Feita onda ou ave.

Clarice Silvestre

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