Como as andorinhas
Hei-de partir um dia,
Talvez, rumo ao Sul.
.
.
Esse Sul, de paredes
Violentamente caiadas,
Onde a luz dói, o corpo arde
E a Eternidade é liquida e azul.
.
.
Algures, à sombra doce das acácias
Ou sob a luz branca das estrelas,
Ainda hei-de ser feliz!!!
.
.
Sem grilhetas ou mordaças;
Sequer a espora do desejo
A cravar-se, fundo, na carne.
.
Livre!! Feita onda ou ave.
Clarice Silvestre
Sem comentários:
Enviar um comentário