domingo, 20 de março de 2016

E por que nao um poema? É do meu bem-amado Torga e um bem-amado um dia mo enviou.

Pedido
 Ama-me sempre,
como à flor do lírio
 Bravo e sózinho,
a quem a gente quer
 Mesmo já seco na recordação.
 Ama-me sempre, cheia da certeza
 De que, lírio que sou da natureza,
 Na minha altura eu brotarei do chão.

 Miguel Torga, in 'Diário (1943)'

Sem comentários: