Irei,
Na senda sombria dos lobos
Sentar-me amanhã
Alheia e pacificada
A ponderar da luz os fragmentos
Que se estiram, liquidos
Na purpura das colinas.
Nas mãos,que rasam
um chao sem esperança
Hei-de segurar
Espadas
Embainhadas de azul,
Com que cortarei a malha
Que entretece a ínvia
Palavra de amor.
E ,depois, aos olhos
desvelados,
vou,placidamente,
soletrar
a sonoridade dos passaros,
nos seus voos curvos
sobre as falesias.
Clarice Silvestre
10/2011
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